Atualmente, a ala psiquiatra do HUCF possui 10 leitos 100% pelo Sistema Único de Saúde (SUS)
13/11/2019 – 15h
Trabalhar a perspectiva artística sob o olhar psicossocial e humanizado, proporcionando um espaço de expressividade entre os pacientes da ala psiquiátrica do Hospital Universitário Clemente de Faria (HUCF) são algumas das iniciativas do projeto Oficina Artística Expressiva, desenvolvido pelo Técnico Universitário de Saúde, Haroldo Coelho.
O servidor, que é estudante de Políticas Públicas e Sociais pelo Instituto Gaio, de São Paulo, tem formação em Psicanálise Clínica pela Escola de Formação Psicanalítica Sigmund Freud, explica que por meio da produção de trabalhos com desenhos, recortes e colagens, manuseio de argila, danças e ginásticas é possível usar a arte como ferramenta confortável para ajudar no processo de tratamento dos pacientes da psiquiatria do HUCF.
Atualmente, a ala psiquiatra do HUCF possui 10 leitos 100% pelo Sistema Único de Saúde (SUS) para atendimento às pessoas com transtornos mentais.
“A literatura comprova, desde o final do século XX, que a arte-terapia auxilia neste processo de tratamento. O que despertamos nos pacientes uma vez por mês é o interesse pela pintura em tela, no grafite, no recorte de jornais ou no trabalho artesanal. A partir disso, eles se sentem valorizados e respeitados”, ressalta o servidor.
Início do Projeto
O pontapé inicial do projeto foi em 2018, mas começou a ser colocado em prática este ano com o apoio de outros dois servidores voluntários do HUCF que também trabalham a necessidade de se quebrar paradigmas e tabus sobre os distúrbios psicopatológicos e/ou transtornos mentais.
Na última oficina realizada em outubro, os pacientes da psiquiatria produziram lixeiras ecológicas. “São trabalhos com viés de arte e conscientização para manter a área de convívio em que ficam mais harmonizadas e limpas. Já fizemos trabalhos de confecções de caixas e faremos pintura em tela, grafite, recortes em jornais e outras arte-terapias com os pacientes”, prevê o servidor, que também é estudante de Introdução Antropológica (ESCON), e extensão em Transtornos Mentais Graves e Persistentes pela UNA-SUS/UFMA.
A previsão é que as atividades sejam mediadas por profissionais convidados, com formação na área do teatro, educação física, artes plásticas, serviço social, medicina, enfermagem, humanização, psicologia e terapia psicanalítica para orientação, acompanhamento e desenvolvimento das atividades.
Como dinâmica de aprendizagem, as oficinas são ofertadas incompletas, já que o objetivo é que sejam concluídas no setor de psiquiatria, proporcionando um espaço para produção de trabalhos artísticos e expressivos pelos pacientes.
Fonte: webterra.com.br