22/10/2019 – 15h39
O presidente da Copasa, Carlos Eduardo de Castro, demonstrou preocupação com a crise hídrica no Norte de Minas, pois afirma que a Copasa e Copanor têm feito investimentos para aumentar a água disponível no semiárido, mas que a vazão é a menor em sete anos e, por isso, está fazendo racionamento, atuando na gestão dos recursos hídricos. Ele participou do projeto Assembleia Fiscaliza, realizada pela Assembleia Legislativa, quando vários parlamentares demonstraram preocupação com a possibilidade de racionamento de água no Estado em função do baixo volume de chuvas registrado até agora.
Gil Pereira (PP) perguntou o que a Copasa estava fazendo para minimizar o impacto da falta de chuvas na região, que já provoca o desabastecimento de água em várias cidades do Norte e dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri. As deputadas Ione Pinheiro (DEM) e Rosângela Reis defenderam a necessidade de mais poços artesianos para ajudar no abastecimento. A primeira acrescentou que não basta cavá-los; é necessário que a Cemig forneça a energia para funcionamento das bombas para puxar a água. Cledorvino Belini, presidente da Cemig, informou que Minas conta atualmente com 727 poços artesianos atendidos com fornecimento de energia elétrica e 12 deles (1,6%) estão inadimplentes. Para esses últimos, é oferecida, antes da suspensão da energia, a possibilidade de parcelamento de dívidas.
Os deputados Doutor Jean Freire e Carlos Pimenta (PDT) e as deputadas Leninha e Beatriz Cerqueira revelaram seu incômodo com o projeto de mineroduto no Norte de Minas. “Onde tem mineração falta água para a população”, postulou a última. Para Jean Freire, a melhor alternativa seria o escoamento do minério por meio da retomada da ferrovia Bahia-Minas, evitando todo o passivo ambiental e social provocado pelo mineroduto. O secretário adjunto Adriano Chaves destacou a criação de empregos pelo empreendimento: 5.600 na implantação, e 1600, quando a mineração for estabelecida. Ele enfatizou que o governo busca aumentar a participação da comunidade com propostas para a implantação mais adequada do projeto.
Fonte: gazetanortemineira.com.br