Na fala de Dedé, a lembrança aos criticados Edílson e Thiago Neves, que em um passado recente se fizeram importante para o elenco
Dedé lamenta momento e assumi uma posição de líder para motivar companheiros – Foto: Vinnicius/Cruzeiro
No Cruzeiro desde 2013, o zagueiro Dedé possui a inteira propriedade para analisar a fase ruim que o Cruzeiro atravessa. O lastro vitorioso que carrega e até mesmo o fato de ter dado a volta por cima exatamente dentro do clube, quando muitos podiam dar sua carreira por encerrada devido às inúmeras lesões, fazem o atleta ser uma voz de liderança. Algo que ele, no momento, assume e deixa claro também o abatimento. Não há como externar outro sentimento.
“Minha forma de mostrar para vocês o meu desespero é com esse pensamento mais centrado, mais concentrado, porque eu acho que não é o momento de estar em alto astral porque não estou vendo meu companheiro em alto astral, não joguei, mas eu não estou feliz vendo meu companheiro triste. Vou fazer de tudo e mais um pouco para ver o semblante da nação azul um pouco mais leve, sorriso na cara e acreditando um pouco mais na gente, fazendo esse estádio lotar, apoiando a gente e sair, que é o mais importante, aplaudido do estádio”, pontua o camisa 26.
“É tentar usar a minha experiência, a minha visão, o que eu vivi com esses jogadores, de lembrar coisas importantes que fizeram pelo Cruzeiro, na carreira deles e até para mim, em particular”, acrescenta Dedé.
É com a palavra de liderança que traz, além da liberdade com todos do elenco, que Dedé convoca os experientes jogadores do Cruzeiro para darem a volta por cima. Hora de dar a cara para bater e colocar de volta a Raposa no lugar devido.
“A gente tem que lembrar que nesse elenco tem grandes jogadores, campeões não só de mata-mata, mas de pontos corridos, me refiro a Fred, me refiro a Thiago Neves, eu, Fábio, Henrique, Léo, Fábio, Robinho, Edílson, temos um elenco farto de grandes jogadores, que são vencedores. Uma das coisas que nosso time precisa é ganhar essa confiança. Para ter isso de volta temos que fazer cada jogador lembrar da capacidade de vencer e que qualquer adversário para gente é muito bom, é um grande time. Tudo que a gente for fazer é dando a vida, mostrando a cara, tendo personalidade”, analisa o zagueiro.
Na fala de Dedé, a lembrança aos criticados Edílson e Thiago Neves, que em um passado recente se fizeram importante para o elenco.
“Eu não posso perder um Thiago Neves, que foi importante do bicampeonato da Copa do Brasil pelo Cruzeiro e fora os dois Mineiros. Eu não posso perder um Edílson que, para mim, é um dos melhores da posição, não vive uma boa fase hoje como ninguém do Cruzeiro vive, mas que do grupo é o cara eu foi campeão da Libertadores jogando muito bem, e também foi campeão da Copa do Brasil e do Mineiro com a gente. Vou citar alguns jogadores que estão sendo falados, estão sendo criticados, que eu acho que precisa mudar essa forma, mas eu sei que é difícil porque nosso time não vem ganhando e o torcedor sofre. Eu sei o que o torcedor passa porque quando eu estou em casa torço como se fosse um cruzeirense desde pequeno. Mas eu, como um jogador vitorioso que sou dentro dessa instituição, não posso deixar de citar esses jogadores que são muito importantes”, ressaltou o zagueiro.
“É ruim ficar de fora, ver companheiros sofrendo dentro de campo com a situação e você não estar por perto. É difícil ver tristeza nos rostos dos nossos jogadores e torcedores, que viveram tantos momentos de alegria e de glória. Sei que podemos melhorar. As coisas têm que ser gradativamente. E é isso que nós, experientes, temos que passar para os mais novos e para os outros experientes também. É ruim ser vaiado. Todo jogador fica mal quando a torcida está triste com ele. Creio que gradativamente a gente vai sair dessa situação”, completou.
Dedé será uma das peças importantes do Cruzeiro na partida desta quarta-feira, quando o time vai até Fortaleza, encarar o Ceará, pela 21ª rodada do Brasileiro. Ele não joga desde o 3 a 0 sobre o Internacional, pelo jogo de volta da semifinal da Copa do Brasil. O time ocupa a 18ª posição na tabela, com apenas 18 pontos conquistados em 60 possíveis, a pior campanha do Cruzeiro nos pontos corridos.
Fonte: otempo.com.br