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Norte de Minas busca selo para mel de aroeira

O Norte de Minas está buscando o “selo de qualidade” do Mel de Aroeira, com o registro da Indicação Geográfica do Norte de Minas na modalidade “Denominação de Origem” no Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI).

28/01/2020 – 11h

A ação  ocorre com o apoio do  Programa de Pós-Graduação em Biotecnologia da Universidade Estadual de Montes Claros (Unimontes)  o Conselho do Desenvolvimento da Apicultura do Norte de Minas (CODEA-NM), Codevasf e Sebrae. Os procedimentos adotados pelo grupo serão apresentados no evento “Mel de Aroeira, Identificação Geográfica e Rastreabilidade”, que acontecerá no dia 12 de fevereiro, no plenário da Câmara Municipal de Bocaiuva.

A abertura será às 8h30, com participação gratuita para produtores, instituições de pesquisa, agentes públicos e consumidores. A palestrante do evento será a doutora Esther Bastos, uma das principais estudiosas no País em Recursos Alimentares de Abelhas.

A pesquisadora é responsável pelos estudos científicos desenvolvidos que demonstraram as características peculiares do mel produzido no norte de Minas Gerais, que são responsáveis por agregar maior valor e também pelo aumento do interesse pelo produto no mercado nacional e internacional. Esther esteve à frente da Diretoria de Pesquisa e Desenvolvimento da Fundação Ezequiel Dias (Funed/Governo de Minas), entidade na qual se aposentou em 2018.

O professor Dario Alves de Oliveira, do PPGB/Unimontes, explica a importância de toda esta ação para o maior reconhecimento do mel de aroeira produzido pela abelha Apis mellífera L. no Norte de Minas: “o principal diferencial está nos elevados níveis de compostos fenólicos e ação antioxidante e antimicrobiana, além de não cristalizar como nos tipos mais comuns de mel”.

Ainda conforme o pesquisador, Unimontes, Sebrae e Codevasf trabalharam conjuntamente para elaborar o caderno de especificações técnicas. O mel é produzido com néctar retirado da aroeira, uma das árvores-símbolo da região Norte de Minas, com floração entre abril e setembro (período de clima seco e temperaturas elevadas).

Aliado ao néctar está o “melato”, nome que se dá ao líquido adocicado produzido por dos insetos psilídeos – eles sugam a seiva da planta, que passa pela digestão e maturação no organismo do inseto até ser eliminada. “A abelha utiliza este melato para fazer o mel junto ao néctar e o pólen retirados das flores”, resume o professor Dario Alves.

Na “Denominação de Origem”, que consta no pedido de Indicação Geográfica, solicitado junto ao INPI pela Unimontes e parceiros, o mel de aroeira do Norte de Minas é associado aos fatores naturais no solo da região, ambientais e geográficos em destaque, além do clima, condições imprescindíveis para possuir caracterização diferenciada em relação aos demais produtos.

A produção regional do mel de aroeira tem, ainda, um desdobramento acadêmico. A dissertação da aluna Débora Clemente Spyer, do mestrado profissional em Biotecnologia da Unimontes, aborda este trabalho de reconhecimento.

Fonte: gazetanortemineira.com.br

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