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Pesquisa busca identificar perfil de que tem AVC em Montes Claros

28/10/2019 – 16h41


Foto: Gileno Alencar 

 A cidade de Montes Claros iniciará dentro de alguns dias uma pesquisa para identificar o perfil das pessoas que tiveram AVC, o conhecido derrame cerebral, nos moldes do que foi realizado em Joinville, em Santa Catarina. O neurocirurgião da Santa Casa Montes Claros, Marcílio Monteiro Catarino, explica que a cidade sedia desde o ano passado o projeto AVC, financiado pelo Rotary Internacional, mas sem saber detalhes sobre as pessoas que tiveram derrame cerebral. Desde julho deste ano que o atendimento começou a ser realizado, com 20 leitos para atender esses pacientes. O desafio é saber por qual motivo essa pessoa teve AVC, identificando o seu perfil social e todos cenários, buscando uma resposta. Esse trabalho foi realizado em Joinville e será implantado em Montes Claros.

Ontem foi encerrada a ação de conscientização da Semana do AVC, versão do evento mundial da Rede AVC e coletivo “World Stroke Organization – WSO”, que tem como objetivo ensinar o público como identificar os principais sinais e sintomas do Acidente Vascular Cerebral, além das causas, sintomas, identificação, primeiros socorros e tratamentos. O evento ocorreu no Parque Municipal, quando mais de 100 acadêmicos de medicina além de fazerem levantamento com os interessados, ainda mediam a pressão arterial e glicemia. Os organizadores queriam promover o evento na Praça Doutor Carlos, para atender maior numero de pessoas, mas a Prefeitura não autorizou usar aquele espaço publico, apesar do frequentador da área central apresentar maior perfil de suposta vitima de AVC.

O Dia Mundial do AVC é comemorado em 29 de outubro, mas nada será realizado na cidade, pois de 21 a 27 de outubro ocorreram várias atividades.  O neurocirurgião  Marcílio Monteiro Catarino explica que a Santa Casa interna em média 300 pacientes com AVC, em 20 leitos disponíveis para isso. Com o inicio do serviço de AVC, onde a população recebe orientações sobre como evitar o derrame cerebral, pode-se constatar que pessoas com sintomas da doença melhoraram de vida, evitando os fatores de risco. Ele lembra que uma pessoa que iniciou o derrame cerebral tem até 270 minutos para ser socorrido e com o medicamento que é ofertado aos pacientes, tem se salvado muitas vidas. Porém não tem esses dados estatísticos.

Ele acrescenta a importância de promover a disseminação da informação em relação ao AVC. “É de suma importância a pessoa saber como identificar e a quem recorrer quando alguém próximo apresentar os principais sinais e sintomas, que são: observar a simetria do rosto, observando o sorriso e se a boca não está torta; observar a articulação das palavras, ou seja, se a pessoa não está falando com a língua embolada e com uma fala arrastada; e testar a força nas pernas e nos braços. Nessa última situação você deve pedir para a pessoa esticar os braços e observar se não tem uma perda de força numa parte do corpo”, explica.

Durante a ação, foram apresentadas outras maneiras de se identificar um AVC. Entre elas, aplicativos de celular. Além disso, o neurologista reforça a importância da participação de amigos e familiares, já que o tempo para pedir ajuda, por exemplo, via SAMU, e de chegada do paciente ao hospital, é crucial e determinante no tratamento. “A ação de 2019 é um pouco mais especial, uma vez que este ano tivemos a inauguração e funcionamento da Unidade de AVC Madre Teresa de Calcutá na Santa Casa, o que viabiliza um atendimento mais rápido, seguro e completo dos pacientes”, complementa.

Fonte: gazetanortemineira.com.br

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