O técnico Mano Menezes garante que o clima no elenco do Cruzeiro é bom para a partida decisiva contra o Nacional, nesta quarta-feira, às 19h15, no estádio Defensores del Chaco, pelo jogo de volta da Copa Sul-Americana. No último fim de semana, a Raposa perdeu a final do Campeonato Mineiro para o Atlético (2 a 1) e, por causa do revés, ficou sem a taça da competição, decepcionando os torcedores celestes.
O Estadual, contudo, é passado. O foco agora é a competição sul-americana. Como venceu a primeira partida por 2 a 1, no Mineirão (04 de abril), o Cruzeiro se classifica à próxima fase com um empate contra o Nacional. O primeiro jogo já foi bem sofrido para a Raposa, que saiu atrás no placar, mas virou com gols de Ábila e Thiago Neves.
“O clima é bom. O Cruzeiro fez um bom Campeonato Mineiro. Perdeu o título, perdeu uma partida. Perdeu a mais importante, mas tem um trabalho, tem sustentação para já na próxima partida continuar a sua trajetória como tem feito até aqui. O bom do futebol é isso, quando você perde, e no nosso caso é raro, tem um jogo dois, três dias depois, para fazer a sua recuperação. E o Cruzeiro tem condição disso, de sair daqui com a vaga, fizemos uma vantagem mínima em casa, mas fizemos a vantagem e vamos tentar consolidá-la”, diz Mano Menezes, em entrevista ao programa Redação, do SporTV.
Rival celeste, o Nacional conquistou uma sequência de bons resultados após o primeiro duelo contra a Raposa. Foram cinco partidas, com três vitórias (Guarani 1 x 3, Cerro Porteño 0 x 2 e Rubio Ñú 1 x 2), um empate (SportivoTrinidense1 x 1) e apenas uma derrota (Deportivo Capiatá 2 x 0). Mano já esperava um Nacional mais competitivo.
“A gente já esperava isso (dificuldade) e falei antes do primeiro jogo que era importante fazer uma vantagem, porque no jogo seguinte o Nacional certamente estaria melhor, porque tinha acabado de trocar de treinador, tem elenco de qualidade e naquele momento a colocação não era boa nem o desempenho. Agora a situação já é outra, temos que estar preparados para isso e não podemos esperar facilidades”, disse Mano, que garante que o Cruzeiro entrará focado na competição.
“É uma das competições que iriamos jogar, e quando você entra na competição falar em título soa muito mais como um objetivo e não como retrato daquele momento. É uma competição longa, você vai falar em título quando chegar na reta final e tiver competência para chegar lá. Agora nós temos que ir ganhando confiança, tentar passar cada fase com respeito e torneio é torneio, da mesma forma que você ganha, pode não ganhar. Não adianta pensar lá na frente, temos que pensar no Nacional e tentar conseguir a nossa vaga na quarta-feira à noite”, acrescentou.
Jovens x Experientes
Mano ainda tratou de falar sobre uma possível polarização entre técnico jovens e experientes. Os grandes torneios estaduais do Brasil foram vencidos por treinadores em começo de carreira: Roger, de 42 anos, venceu o Mineiro no comando do Atlético; Carille, de 43 anos, levou o Paulista pelo Corinthians, e Zé Ricardo, de 45, conquistou o Carioca com o Flamengo.
“Sempre se mostrou trabalho. Esta confusão, às vezes até intencional que se faz, de querer polarizar as coisas, de que agora temos técnico jovens e os outros não são tão bons, a gente tem que ter calma na análise das coisas. Acabamos de jogar uma final do Campeonato Mineiro em que tínhamos um técnico mais experiente e um mais jovem. E na reta final da competição, principalmente nos últimos jogos, o técnico mais jovem, escolheu colocar três volantes para igualar a decisão. Então, calma. A gente tem que respeitar o futebol. O futebol é jogado e vencido e é perdido de muitas maneiras e é bom ter um pouco de calma com esses modismos, sempre se trabalhou muito, eu não conheço um técnico que seja campeões brasileiro que não tenha feito um trabalho árdua para conseguir isso, seja mais jovem ou seja mais experiente. E se há renovação, e é bom que haja renovação ,é salutar para o futebol e para os técnicos também, acho que a gente tem que saber valorizar quem faz um bom trabalho. E todo treinador que fizer um bom trabalho merece o respeito de todo mundo”, observou Mano.